18 de dezembro de 2008

.....

"Tenho saudades do que eu era quando estava contigo"

E tenho saudades de muita coisa...

THE HOLE

Many too many have stood where
I standMany more will stand here too,
But I think what
I find strange is the way you built me up
Then knocked me down again.
The part was fun but now it's over,
Why can't I just leave the stage?
Maybe that's because you securely locked me up
Then threw away the key.
Oh mama,
Please would you find the key.
Oh pretty mama,
Please won't you let me go free.
I thought I was lucky
I thought that I'd got it made.
How could I be so blind?
You said good-bye on a corner
That I thought led to the straight.
You set me on a firmly laid and simple course
And then removed the road.
Oh mama,
Please help me find my way.
Oh pretty mama,
Please lead me through the next day.
I thought I was lucky
I thought that I'd got it made.
How could I be so blind?
( Many To Many - Genesis )

14 de dezembro de 2008

Quero ir embora...

Hoje, finalmente, percebi... quero ir embora...
Quero ir embora de mim...
Quero ir embora daqui...
Quero ir embora para não voltar...
Quero ir embora para não voltar nunca...
Já não sinto...
Já não sinto nada...
Já não sinto nada aqui...
Deixem-me fazer as malas...
Deixem-me virar as costas a tudo isto...
Deixem-me ir embora!!!
Queria acreditar que nada de mau me aconteceu,
que nada de doloroso sinto, que nada de repugnante me assusta,
que consigo continuar por esta estrada fora sem sentir o peso do passado...
Que houve momentos em que fui o que quero ser...
Deixem-me partir!!!

12 de dezembro de 2008

Passear à chuva...

Apetece-me passear à chuva...
Apetece-me beber até cair para o lado...
Apetece-me esquecer...
Apetece-me mergulhar a cabeça numa poça...
Apetece-me...
Apetece-me tanto...
Apetece-me tanto ter-te a meu lado...
Apetece-me tanto ter-te a meu lado e sentir-te...

8 de dezembro de 2008

Coisas que acontecem só para baralhar...

Porque é que quando decidimos dar um rumo à nossa vida nos acontecem coisas que só servem para nos baralhar...

Quando finalmente achamos que estamos no caminho certo, aparece alguém que nos leva a crer que afinal não é esse o caminho....

Sinto-me baralhada, confusa, no meio de uma imensidão de sentimentos inesperados...

Quero viver, quero tanto viver que, às vezes, me esqueço de viver o que deveria de viver....

Nada acontece por acaso, não existe coincidências....

7 de dezembro de 2008

Cá dentro algo despertou....

Será?
Porque será?
Vêm?
Será mesmo que vêm?
Gosta!
Será que gosta mesmo?
Porque é que gosta?
Se gosto?
Será mesmo que gosto?
Estou-me a iludir?
Gosto!
Pronto, gosto muito!
Se quero?
Talvez!
Porquê?
Quem sabe?
E ele? E eu? E os dois? O quê? Juntos...
Não sei, amanhã logo te digo.....

4 de dezembro de 2008

Apetece-me chorar...

Sinto uma enorme tristeza... não sei de onde vêm, nem para onde vai, mas sinto que está para ficar... Olho à minha volta e vejo a maldade das pessoas e penso muitas vezes se será que também sou assim e não sei. Ultimamente, acordo e quero ser uma pessoa melhor. Não há
um dia que passe que não pense nisto. Bolas! Quero mesmo ser uma pessoa melhor mas às vezes não sei como. Não quero julgar os outros, não quero não gostar de ninguém, não quero sentir o vazio que sinto, não quero magoar ninguém, não quero ser melhor ou pior, não quero ter frio. Quero ser eu, quero sorrir para as pessoas que passam na rua, quero sentir calor, quero amar sem pensar que vou ser magoada, quero apaixonar-me...
Sinto-me tão fria e egoísta. Não consigo sentir nada mais do que o prazer em satisfazer-me, prazer em saciar a minha sede, prazer em amar-me, fodasse como posso ser tão egoísta??!! Mas depois há dias, como o de hoje, que a minha muralha desmoronada cai, que o corpo morto rasteja pelo chão húmido da chuva, que as lágrimas me caem compulsivamente. Fodasse! Fodasse!! Que estado estúpido de ansiedade é este... lá está, é o querer ir para onde não quero, é estar bem onde não estou (O meu querido António Variações persegue-me). Sempre fui uma pessoa muito instável mas acho que estou a pior desta minha doença crónica, ou não, não sei. Sei que a cruz que carrego pesa cada vez mais e o sentido de orientação é cada vez mais escasso.

SOU UMA VERDADEIRA MAL AMADA, não tenho vergonha de o dizer. Assim me sinto!!

"(...) a nossa felicidade é quase sempre egoísta e eliminativa: é o sofrimento dos outros que permite a nossa felicidade, é a nossa felicidade que provoca o sofrimento dos outros."

2 de dezembro de 2008

Precisa-se de matéria prima para construir um País!!

"A crença geral anterior era que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO. Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros, onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns. Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o luga. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de ainda ontem ter corrompido um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de ainda hoje pela manhã ter explorado um cliente que confiava em mim, o que me ajudou bastante a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta. Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO. E você, o que pensa?.... MEDITE!

Eduardo Prado Coelho - in Público

Eugénio de Andrade - Poema à mãe

Sempre que o frio aperta um pouco mais e os dias se tornam cinzentos escuros eu lembro-me deste poema:

"No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!

Tudo porque já não sou o retrato adormecido no fundo dos teus olhos!

Tudo porque tu ignoras que há leitos onde o frio não se demora e noites rumorosas de águas matinais!

Por isso, às vezes, as palavras que te digo são duras, mãe, e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas que apertava junto ao coração no retrato da moldura!

Se soubesses como ainda amo as rosas, talvez não enchesses as horas de pesadelos...

Mas tu esqueceste muita coisa! Esqueceste que as minhas pernas cresceram, que todo o meu corpo cresceu, e até o meu coração ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -, às vezes ainda sou o menino que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração rosas tão brancas como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz: "Era uma vez uma princesa no meio de um laranjal..."

Mas - tu sabes! - a noite é enorme e todo o meu corpo cresceu...

Eu saí da moldura, dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe. Guardo a tua voz dentro de mim. E deixo-te as rosas... "

Quem não se lembra...

É uma das minhas músicas preferidas dos Placebo. Também descobri que faz parte da banda sonora do filme "O Despertar da Mente". Um filme lindíssimo sobre o amor... do mesmo realizador do filme "A Ciência dos Sonhos".
Relembra-me bons e velhos momentos, relembra-me tempos felizes, o amor que senti por alguém que naquela altura era realmente especial.
Placebo - Centrefolds
Come on Balthazar I refuse to let you die
Come on fallen star I refuse to let you die
That's wrong and I've been waiting far too long
That's wrong I've been waiting far too long
For you to be..be me..be..be mine
For you to be mine..be mine..for you to be mine
And it's wrong, I've been waiting far too long
That's wrong, I've been waiting far too long
For you to be..be me..be
All the centrefolds that you can't afford
Have long since waved their last goodbyes
All the centrefolds that you can't afford
You've long since faded from their eyes
So be..be mine

1 de dezembro de 2008

Pequenos pormenores

Este fim-de-semana, dei-me conta que há pequenos pormenores que fazem toda a diferença em mim...

1 - Pessoas dissimuladas _ não suporto que me mintam, que sejam sonsos (as), que manipulem a opinião dos outros em favor deles próprios, detesto pessoas assim. Não sei conviver com elas e prefiro a distância;

2 - O Congresso do Pcp _ se há coisa que me irrita é o fanatismo!! Não compactuo com a política e sinceramente cada vez a acho mais lamentável. Acho estranho ligar a televisão e ver cerca de 1000 pessoas a gritar convictamente PCP, por momentos lembrou-me as igrejas fanáticas (tipo igreja universal do reino de Deus). Será que as pessoas não tem noção do ridículo, ou será que sou eu que sou ridícula por ser agnóstica quanto à politica ou politicas??!!!

3 - Os termos estúpidos que inventam _ Hoje, ouvi no jornal que existem alguns homens que gostam e sabem cozinhar e portanto toca de inventar uma palavra nova: gastrosexuais!! Realmente um homem que não saiba cozinhar deixa-me apreensiva quanto ao resto das suas capacidades mas dai a saber que existe um termo para os homens que possuem o charme de saber cozinhar… uhmm… este é o verdadeiro problema do mundo: ter que dar nome às coisas;

4 – O implacável VHI _ Hoje é o dia mundial do vírus da Sida. Acho incrível que existam pessoas neste mundo, em particular jovens, que nunca tenham feito o teste!!!!! Malta acordem, este vírus não escolhe idade, raça, ou sexo …

5 – Onde fica a qualidade de vida? _ A pessoa mais velha do mundo é portuguesa. Uau!!! A coitada da senhora já não vê, nem ouve, nem se mexe, mas não importa porque é portuguesa e tem 115 anos. E eu pergunto: Onde fica a qualidade de vida? Sinceramente eu espero nunca lá chegar!!

6 – Este penetrante frio _ Tem estado um frio de rachar. Na verdade, acho que desde que existo que não me lembro de um inverno tão frio. As pessoas lá do norte acham um espectáculo porque está a nevar à brava mas u cá tenho medo. Acho que significa a revolta da natureza e ela lá razões suficientes têm… Já repararam que, neste momento, só temos duas estações?? Verão e inverno e onde fica o Outono e a primavera? Mas ninguém pensa nisto, porque só os estúpidos ambientalistas é que se preocupam com o facto do aquecimento da terra a estar a destrui-la e altera-la. E de quem é a culpa, de quem?? De nós todos e claro que eu, embora tente minimizar os danos, inevitavelmente também contribuo para esse factor;

Bem… não que esteja num dia mau, mas acho que hoje acordei com a consciência e a moral toda… espero que ninguém se importe!!

30 de novembro de 2008

Sorrow

"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas ilusões de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares

26 de novembro de 2008

Não sei se quero partir ou chegar de novo...

Sinto-me tão distante das pessoas, dos sentimentos, dos momentos... Olho para o chão e vejo-me rodeada de flores mas não as consigo alcançar.

Há três meses que tou em Beja e há três meses só pensava em partir para poder chegar a esta maravilhosa cidade... mas agora já não sei onde fica a vontade de ir ou vir, de ficar ou partir. Apetecia-me ir... apenas ir... sem chegar... sem rumo... sem tempo... sem momentos... apenas eu e uma estrada, uma longa estrada!!!

Há uma parte de mim que só uma parte de ti compreende....

Tenho aprendido tantas coisas novas aqui, tenho vivido os melhores momentos, partilhado das melhores companhias... descoberto as coisas mais incríveis para ocupar o meu tempo, como os blogs, o meez, o desassossego, o ovo estrelado às 3h da manhã, o pereira, etc.. (sim, isto é para os meus verdadeiros amigos de Beja, ainda poucos mas muito preciosos. Devo-vos os bons momentos de Beja).

Mas a mim tudo me cansa, tudo me aborrece, acho que nunca estou plena... sinto-me sempre e constantemente insaciável... E pergunto-me se será hora de partir para chegar, ou para não chegar nunca...

E como diria uma amiga que estimo muito: "Estou bem onde não estou, porque eu só quero ir onde não vou..."

É tarde, às vezes, penso que é tarde. É tarde de mais para amar, é tarde demais para nascer de novo, é tarde demais para morrer, mas será tarde para partir? Ou nunca é tarde demais??!!

19 de novembro de 2008

Aveiro...

Uma pequena grande cidade... Por momentos, se fecharmos os olhos, conseguimo-nos imaginar em Veneza... Digo eu...

E depois o espaço cultural Performas. É assim que me imagino daqui a vinte anos (com muita fé portanto).

Um espaço cultural meu assim em "ares" de contemporâneo/fashion, mas ao mesmo tempo rústico, taberneiro, inacabado... enfim, todos aqueles pequenos pormenores que vou encontrando em mim...

Mas, como é óbvio, estes belíssimos espaços culturais estão entregues aos bichos mais estranhos... Neste caso, um ser intitulado de "Pepe Rapasote" que teima em ser organicamente orgânico e em levar as coisas aos limites... Vai-se lá entender estes seres...

As minhas criadas... uma magia especial...

O toque delicado...

As flores...

Mais flores... Como eu gosto de flores...

O invejável cadeirão... dos meus sonhos...

Ai, ai, as minhas criadas e a minha senhora...

12 de novembro de 2008

As minhas criadas e a minha senhora...

É já amanhã... o tempo passa a correr e quando damos conta... já tudo foi!!! As minhas criadas e a minha senhora… os meus meninos, têm sido parte da minha dor de cabeça que teima em não me abandonar... Fazem-me rir e/ou fazem-me chorar; fazem-me feliz e/ou fazem-me triste... mas são também parte do orgulho que sinto em fazer o que gosto... pronto.... uma parte muito grande. Sem eles, caminhar na direcção que caminho não fazia sentido!!!
Não gosto do texto, "As Criadas" de Jean Genet, acho uma autêntica seca... peças de teatro tipo antigas em ares de moderno... aborrecem-me!!! Lamento ser sincera demais mas é a minha essência... só sei ser assim!!!
Mas tenho que confessar que, de certa e espantosa forma, as flores, as luzes, os invejáveis cadeirões e as três (número da perfeição) fantásticas personagens que contempla conseguem agarrar até os olhares mais desinteressados...
Para amanhã, prevejo flores, muitas flores, um montam de flores, um campo cheio de flores coloridas..... para os restantes dias, prevejo o desabrochar de novas e COLORIDAS FLORES....

6 de novembro de 2008

Life is a long road

Há alturas na nossa vida em que achamos que tudo pode mudar, bastam apenas uns breves segundos, minutos, horas, dias... A vida é uma enorme estrada que percorremos todos os dias, uns dias mais devagar, outros mais depressa... Enfim... interessa é não parar de percorrer, não deixar de acreditar só porque não encontramos o fim da estrada.

Hoje, por momentos, pensei que tudo podia mudar! Há cerca de um ano atrás, houve uma pessoa que me disse que aos 26 anos iria haver uma grande mudaça na minha vida... hoje podia ter sido essa mudaça. Mas não foi, felizmente ou infelizmente, conscientemente ou inconscientemente...

Contudo, sinto que haverá uma mudança para breve, sinto-a tão perto, por mais estranho que possa parecer.

Será uma ida sem volta? Será um país distante? Será uma viagem sem hora de regresso?

Não sei quando decidi fugir de mim, mas sei que o fiz...
Ás vezes, andamos sempre tão preocupados à procura da felicidade que nos esquecemos de ser felizes...

Uma coisa é certa e sabida: "No one can control your soul!" (Groudation)

1 de novembro de 2008

Para todos os que se vão esquecendo de mim...

Sim...

Para quem me pergunta se estou bem e para quem não se digna sequer a saber como estou, a resposta é sim, vou bem. Ao sabor do vento, uns dias melhor, outros pior. Mas a vida é mesmo assim, o importante é caminhar para a frente!!!

É assim... as coisas que possuimos, mais tarde ou mais cedo, acabam por nos possuir e eu cá não quero morrer sem cicatrizes...

O culto das pessoas é a masturbação e o nosso maior problema é pensarmos que os outros são como nós e sentem como nós...

Por isso, hoje, escrevo para todos os que se vão esquecendo de mim.

A resposta é sim, eu estou bem, eu estou muito bem!!

29 de outubro de 2008

Boca do Mundo

Se a chama chega,
E ninguém chega à chama
De que vale arder?
Se o barco parte sem velas,
De que serve a maré?
Não se mostra o trajecto
A quem parte para se perder
Não se dá boleia
A quem precisa de ir a pé
E é como quando pensas que estás a chegar
E não deste um passo
Onde estou, nada mais pode crescer
Eu sou assim, uma fénix a arder
São só os meus erros, é toda a minha culpa
Hoje até o ar anda cansado
Preciso de um enigma
Para pôr fim ao propor
Não sei o que me deu, não costumo estar assim
Desço a rua que passa, rente à boca do mundo
Sinto a vida que passa
E os rumores que circulam na boca do mundo
Onde estou, nada mais pode crescer
E é tudo o que faço
E é todo o meu cansaço
Por fim, por fim...
Sinto a vida que passa
Na boca do mundo, não se sabe quem é quem...

28 de outubro de 2008

O que passa cá dentro vai e vem com o tempo...

Tem passado tanta coisa cá dentro...
Uma fusão de sentimentos ao mesmo tempo que uma confusão de emoções....
É um querer e não querer, é um ir e voltar, é um ficar e partir, é um tudo e um nada...
Desde que me "mataste" que já não fazes parte dos meus sonhos esquecidos, no entanto, dou comigo a pensar em ti acordada...
Fazes-me tanta falta!!!!
Será que foi um adeus ou uma despedida? Será que vai e vem com o tempo? Será que volta? Quem sabe o amanhã?

25 de outubro de 2008

As cores de Frida Kahlo

Desassossego pela noite fora...

Por fim o sol nasce...

Oito da manhã, um mercado colorido junto a um castelo...

É apenas um mercado pequeno como todos os outros, mas tem magia, uma certa magia... Situado junto ao castelo, abundam as cores, os cheiros, a simpatia e humildade dos vendedores… Mais à frente consigo ver um Alentejo imenso.... ao nascer do sol tudo fica mais claro! Parecia um quadro de Frida Kahlo. Por momentos apetecia-me chorar.... como é possível haver coisas tão simples e bonitas... Porque não damos nós valor aos pequenos pormenores? Porque desvalorizamos o nosso país?

ESTE É O MEU PAÍS…. ESTA É A MINHA TERRA….

23 de outubro de 2008

Em busca do sol escondido...

Quanto mais descobrimos de nós mesmos, mais coisas simples começamos a descobrir... É tão bom... puder usufruir da nossa própria companhia e sentirmo-nos bem... Hoje peguei em mim e fui atrás do sol... aparentemente uma coisa simples mas no fundo preencheu-me o vazio do frio que fazia cá dentro...
A dor que passa cá dentro vem e vai com o tempo. Se volta? Se fica? Quem sabe o amanhã?

Assim vejo a vida...

18 de outubro de 2008

Sinto o que sinto sem sentir que realmente sinto...

Meu Alentejo...

Beja...
Aqui me encontro eu, no meu desassossego desassossegado... O meu profundo Alentejo...
Inquieta, perversa, suja, penetrante, orgásmica, bonita, fascinante, vadia, maravilhosa, bela... Assim é esta pequena grande cidade.
Aqui, perco a noção de tempo, o limite de espaço, o sentido de orientação... aqui sinto-me livre. Livre dos meus medos, livre da imposição do tempo, livre dos momentos, simplesmente LIVRE... e vou voando sem medo da queda, sem medo do infinito, sem medo desta ingrata condição de ser humano.
Por vezes, quero tanto acreditar que sou um pássaro, que acredito mesmo!!
Este tem sido o meu desassossego constante, a inquietude de uma alma perdida num espaço vazio. Já não sei se dói mais a indiferença ou a piedosa impotência que sinto pelo amor.... Que parvoíce!!! Como se o amor me comovesse....
Às vezes não sabemos o verdadeiro significado daquilo que nos invade....

30 de setembro de 2008

Tenho Tantas Saudades...

Oeiras... Aquele sitio especial que guardo no meu coração... tantas lembranças... tantos momentos... Sinto falta de ver o mar, de chorar sobre ele, de brilhar no seu reflexo... Ai minha Lisboa, minha terra.... que saudades do teu rio...

19 de setembro de 2008

Uma simples chuva de primavera.... e o vento roubou-me a alma...

Queria parar o tempo e habitar a substância, consumir a brisa fresca que vem do mar sem ter medo de cair na apatia do mundo…. É tudo tão pouco ou nada daquilo que sonhei para mim… Agora fecho os olhos e sonho que sou realmente livre… Vivo intensamente todas as horas, todos os minutos, todos os segundos… tenho medo de perder o tempo! Mas o tempo voa e as pessoas tem medo, fogem e esquecem… eu também tenho medo… de não conseguir esquecer… de não conseguir fugir… de não conseguir abandonar o olhar que me acordou… Estranhamente estranha é a vida, tão subtil quanto devastadora... Mas não importa… Não importa se respiramos, ou quantas vezes respiramos… Importante são os momentos em que ficamos sem fôlego….