24 de março de 2010

No meu íntimo, não sei porque mas não consigo perceber... que o desejo sempre vêm antes da vontade , que o tempo sempre vêm antes da saudade. A realidade é confusa, difusa e, por vezes, cruel... Quisera eu encontrar caminhos com saída em vez de estradas de alcatrão.
Subitamente faz falta o que vai cá dentro!
Apenas a oportunidade de poder pairar sobre as coisas sem medo da queda ou sem sequer pensar na queda é um momento de liberdade, é o meu momento. Ninguém sabe o que é ter medo do presente, ninguém sabe o que é ter medo de cair na primeira tentativa de voou. Quero estar sempre assim. Sim, assim, tranquila mas ciente das minhas dores e das minhas fraquezas. A tua mão no meu rosto e o teu sorriso fazem-me querer continuar a sonhar que podemos ser felizes, um dia, qualquer dia, algures, aqui ou ali.
Sorrio para ti...

21 de março de 2010

E porque hoje é o Dia Mundial da Poesia...
"um dia quando a ternura for a única regra da manhã,
acordarei entre os teus braços. a tua pele será talvez
demasiado bela.
e a luz compreenderá a impossível
compreensão do amor.
um dia, quando a chuva secar
na memória, quando o inverno for
tão distante,
quando o frio responder devagar com a voz arrastada
de um velho, estarei contigo (...)"

11 de março de 2010

DELETE... RESTORE... O ponto de saturação!!! Sustento a respiração, faltam apenas escassos momentos!
E a vida? Já alguma vez se questionaram sobre a vida, sobre o seu conteúdo?
Seres magníficos que vivem na escuridão e não buscam a luz.
Será a vida os momentos que respiramos ou os momentos que ficamos sem ar ou os momentos de prazer carnal? Não será a vida as energias que trocamos, os suores que se entrelaçam, os olhares que se penetram, os sorrisos que se retribuem, as noites vagabundas que desejamos congelar. Quero a vida sempre assim... Onde quer que estejas, quem quer que sejas, o que quer que faças, eu serei sempre assim... vagabunda da noite escura que te entrelaça as mãos à volta do peito e te suga de amor. E, de repente, morri!! Não sei despedir-me, não sei permanecer na cama de quem me fode, não sei esquecer que foi sonho destemido de quem vive atormentado.
Apago a luz, imagino todas as vidas possíveis que podia viver, imagino todas as pessoas possíveis que podia ser, imagino todos os caminhos possíveis que podia seguir e não consigo parar a obsessão constante dos meus pensamentos furtivos. Dói-me o corpo de foder sem amar, dói-me o coração de gostar sem sentir, dói-me a vista de olhar sem tocar, dói-me as pernas de caminhar sem destino, dói-me a boca de beijar sem penetrar. Que loucura. Sim, que loucura as noites vagabundas que me deitam ao chão e me adormecem de corpo vazio...

4 de março de 2010

Meus homens, afinal tenhais razão. Que posso eu querer de vós, seres envelhecidos, de corações destroçados? Serei nova, serei tão nova quanto posso ser e viverei de forma intensa. Não, não preciso de ter vergonha, de me esconder, de ser má para o mundo, de ser cruel comigo própria, apenas terei de assumir o que sou. E vós? Seres abundantes de sabedoria e ausentes de amor, perdidos à procura da vossa própria essência, olhai-vos ao espelho, vedes no que vos tornaste? É verdade. Não preciso de homens que me aquecem a alma, de homens que me fodem até ao orgasmo, de homens que me querem fazer crer que sou especial. Eu sou especial, idêntica a mim própria. Sou o grito penetrante do eterno sorriso fatal. E vós homens, o que sereis? Talvez seres de mãos rugosas, de corações vazios, de vidas gastas. Não quero, realmente não quero. Não quero partilhar com vós a minha juventude, a minha inocência, a minha criancice, o meu sorriso, o meu eterno sorriso.
Sereis, pois, velhos demais para mim e eu serei, pois, nova demais para vós.