Tiro-vos o chapéu uma vez mais,
já não há nada a fazer,
não há volta a dar,
os palcos são a minha vida,
momentos que deixamos de ser quem somos
ou simplesmente
representamos aquilo que realmente somos
vibramos com o calor do público
e
indignamo-nos quando não demonstram reacção.
Continuarei a escrever em português do meu país
que nada sabe ser se não APENAS o meu país e
de outros tantos que por aqui moram.
Mas este é o meu país...
País de gente que não quer saber,
de gente que chora e que ri,
país do fado e da saudade,
da melancolia e da risada,
de gente triste e de gente vivaça,
mas este é o meu país e é nele que quero viver...
fazer o que de melhor sei fazer
e gritar porque tenho garra para acreditar...
obrigada por estes momentos amarelos
entre cenários, cenografias e figurinos,
entre o chão branco e a nódoa amarela,
fica sempre a sede de beber mais...