9 de abril de 2011

sempre que vos ouvir cantar para mim canções de embalar, mergulharei no meu silêncio. Debaixo do chuveiro poderei ouvir a rebentação do mar...


seus filho da puta,
não me poderão nunca calar,
não poderão nunca comer a nossa revolta,
enchem o cú com o dinheiro dos pobres e 
ainda se riem quando lhes dão uma barraca.


Há gente desumana que não sabe o que é a fome,
gente que não sabe o que é comer na miséria, 
que não sabe o que custa trabalhar por sobrevivência...


Podem vir mas eu não estarei cá,
mergulharei no meu silêncio,
não me poderão nunca calar.... 


Porcos, imundos, doentes e atrasados que não sabem que a vida custa para quem vive de esperança...


Tenho vergonha do meu país 
mas mesmo assim não quero desistir,
quero fazer-lhe respiração boca a boca,
e renasce-lo outra vez, 
ressuscita-lo tantas vezes quanto possíveis,
e abarca-lo como toda a gente quer...


Quero gritar até que a voz me doa, 
porque a mim ninguém me cala:
PORTUGAL, 
é hora de sermos portugueses...

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