- Levanta a merda do rosto. Limpa a merda das lágrimas e sorri pelo menos uma vez na vida. Todos nós temos dores que nos engolem o coração, todos nós temos histórias de vida para contar. Estou farta de te ver chorar, já não aguento o som do teu choro. Às vezes tenho tanta pena de ti que me sinto enojado. A tua falta de auto-estima dá-me náuseas! Porra... não podes querer ser infeliz para sempre, ninguém quer, ninguém consegue. - Tu não compreendes, pois não?! Tu não compreendes que ninguém se apaixona por uma puta, que ninguém sente pena de uma puta. Tu não sabes o que é querer sair da gaiola e voar... querer andar para a frente e sentir o teu corpo a recuar cem vezes para trás. Por isso deixa-me chorar, deixa-me gritar enquanto ainda se ouve a minha voz, enquanto o meu corpo ainda se consegue mover. Guarda o teu nojo e as tuas náuseas para as putas que fodes. É delas que deves sentir pena, porque são putas e não o assumem. Eu não sou uma puta qualquer, sou uma puta convicta, sou uma puta com sentimentos, se é que me é permitido colocar-me neste estatuto. Estas farto do meu chorar? Eu estou farta de te carregar ao colo, do teu cheiro nauseabundo a álcool, dos teus pedidos de desculpa, das tuas más fodas, das tuas bofetadas, das tuas mãos sujas no corpo imundo... só quero que morras, só quero que te fodas... desaparece, desaparece para sempre...
3 comentários:
O 2.º parágrafo merecia estar num livro, daqueles que dá gosto ler numa daquels longas viagens de combóio entre a Europa ou porque não, a descer a Patagónia e a Terra do Fogo bem até lá abaixo.
Acho que todos nós temos um pouco de putas...
É verdade... todos nós temos um pouco de putas... mas há que saber assumir-lo... não é vergonha nenhuma ter desejos carnais e perversos... não é vergonha nenhuma chorar...
Sim, não sei bem como fazer a 'transposição', mas concordo e assumo-o! Quanto a esses desejos de bondage ou algo mais, também não tenho vergonha. Ao chorar...os homens também choram, se choram.
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