10 de abril de 2010

Estranha mutilação.
Um corpo é apenas um corpo.
Vontade de o quer sujar, destruir, consumir, desgastar, saciar. Querer afastar a procura da esperançar e o prazer carnal da penetração. A mais pura e crua verdade reside no desejo atento dos olhos cansados que observam. Qual o nosso caminho, será que realmente temos um caminho ou o caminho é apenas uma motivação? Será mesmo que existe um lugar ou o lugar que procuramos é apenas este onde estamos. Tristes daqueles que julgam conhecerem-nos sem terem uma ideia de si próprios, dão-nos uma mão e com a outra empurram-nos para o abismo. Seres carentes que não aceitam o calor de um sorriso, a leveza de um toque, a pureza de um beijo inocente. Quanto mais dou mais vontade tenho de perder, de me perder, de me esquecer. Sou a confidente... sou mão tremula, sou corpo dorido, sou escape, sou lufada de ar fresco, sou fantasia... mas nunca serei opção!

3 comentários:

Rui Lança disse...

Essa última parte da opção..é tão forte quanto maior for a motivação que nos guia de quem tem.

Adoro ler-te, 'permites-me' ter pensamentos tão distantes, opacos ou cheios, quantas palavras escreves. Penso em tanta coisa que me alegra a ideia de poder ser assim (...)

Anónimo disse...

Talvez seja ela que não quer ser opção de quem não tem motivação... talvez seja o seu caminho... acariciar almas carentes...

Rui Lança disse...

Conheço alguém que sente o mesmo, com a excitação e submissão de saber que deseja acariciar outras almas...