23 de junho de 2009

"Fecha-me os olhos e eu poderei ver-te.
Tapa-me os ouvidos e eu poderei ouvir-te.
Mesmo sem pés poderei alcançar-te.
Mesmo sem boca poderei chamar-te.
Corta-me os braços, adorar-te-ei com o coração e com as mãos.
Trespassa-me o coração, latejará o meu cérebro.
E se incendiares o meu cérebro, mesmo assim levar-te-ei no meu sangue..."

1 comentário:

Nuno Cacilhas disse...

vejo para lá dos meus olhos
adiante às coisas
as coisas do sentir.

Respiro para lá do ar
longe dos aromas que vagueam,
o ar que respiro.

Oiço acima do barulho,
o silêncio que não há,
oiço o bater da terra.

Toco para lá do mundo
onde não chego, toco
agarro-me ao nada, e rio...

Mas a meus olhos tem forma,
ao inspiro, o perfume
Tem barulho que me ensurdece,
e é tâo real quanto a dor.