A minha despedida de Beja não foi fácil, para trás deixei muitos amigos, amantes, um trabalho, uma família... sim, as pessoas com quem trabalhei fizeram a minha pequena família de Beja. Agora tudo volta a ser como dantes... mas eu não esqueço... nunca esquecerei o que vivi com todos vocês, um por um... guardo os momentos do meu lado esquerdo do peito....
Por isso, dedico-vos um texto que li em Beja, de alguém (não sei o nome) que escreveu sobre Beja...
" (...) É fácil gostar do Alentejo quando se sabe que o resto do mundo existe. Porque, para todo o lado, vão sempre connosco a planície e o céu aberto. E os tons do anoitecer que nos acompanham nas caminhadas pelo parque, onde se andarmos em silêncio se conseguem ouvir as rãs.
Memórias vazias acompanham o passo...
É também a preguiça que leva algumas pessoas a dizer que em Beja não se passa nada. Foi sempre assim, há gente que faz, para outros que teimam em não aparecer. E nós às vezes também não aparecemos, porque Beja empurra e agarra, cansa e farta.
Não conseguem viver o Alentejo porque tem na cabeça os nervos da vida numa grande cidade. Se calhar é assim em toda a parte, mas eu continuo a preferir o Alentejo. (...)"
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