11 de janeiro de 2012


guardo pedaços de mim em gavetas que já não sei o nome
e por vezes chove, chove sempre mesmo quando o sol raia. 

Esqueço-me das palavras e as sensações já não são as mesmas

a vontade mudou e com ela a esperança de que tudo um dia podia "volver"
a vida a girar sempre no mesmo sentido
e queremos tanto mudar as voltas que ficamos sempre iguais ao que éramos

e depois chove

e não sei se os meus pés aguentam mais um inverno
mas

de todas as caminhadas que fiz tu foste a montanha mais alta que subi
e a que, até hoje, me mantém aqui, hoje, agora!!!

obrigada

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