9 de fevereiro de 2010

Serei tudo o que quiserem que eu seja...
Serei a amiga que vos afaga as lágrimas do rosto. Serei a puta que chega a casa com a boca borrada de bâton. Serei a amante que vos faz vir. Serei a companhia que vos acaricia quando se sentem sós. Serei a mulher desprezível que vos usa e vos cospe na cara.
Os ciclos, os eternos ciclos da vida que giram em roda viva. Quisera eu ser uma pessoa comum mas sou feita de pedaços. Pedaços que vou juntado de mim própria.
Sempre assim, esta vontade enorme de estar onde não estou, a vontade de querer foder quem não amo e de amar quem me fode.
Sempre esta merda do ciclo, o ciclo que volta vezes sem conta ao ponto de partida. Querer partir sem voltar, e mesmo assim voltar.
E agora?
Ainda vais querer voltar?

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