14 de outubro de 2009

Acordou eram seis da manhã. Tinha o sabor da saudade nos lábios e a vontade insaciável de ser tocada.
Acendeu um cigarro e questionou
-se sobre a intensidade dos momentos, sobre a verdadeira importância da partilha. Pensou que, tantas vezes, preferiu partilhar os momentos intensos da vida com ela própria. Poucas são as pessoas que se atravessam no nosso caminho e estão preparadas para nos compreenderem.
No início, ela ambicionava mudar o mundo, torna-lo melhor, multiplicar o amor, mas o tempo passa rápido e -la perceber que afinal, a distância, o toque suave dos corpos entrelaçados e o sabor dos beijo pelas manhãs, sempre são importantes.
Mas, depressa, veio a indiferença,
a carência de veracidade,
a falta de sensibilidade,
a ausência de intensidade,
a sua própria ausência...
O frio ficou mais quente,
O silêncio mais acolhedor,
E, por fim, ela ficou mais só...
... mas já nada importava como dantes...

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