Acordou eram seis da manhã. Tinha o sabor da saudade nos lábios e a vontade insaciável de ser tocada. Acendeu um cigarro e questionou-se sobre a intensidade dos momentos, sobre a verdadeira importância da partilha. Pensou que, tantas vezes, preferiu partilhar os momentos intensos da vida com ela própria. Poucas são as pessoas que se atravessam no nosso caminho e estão preparadas para nos compreenderem. No início, ela ambicionava mudar o mundo, torna-lo melhor, multiplicar o amor, mas o tempo passa rápido e fê-la perceber que afinal, a distância, o toque suave dos corpos entrelaçados e o sabor dos beijo pelas manhãs, sempre são importantes. Mas, depressa, veio a indiferença,a carência de veracidade, a falta de sensibilidade, a ausência de intensidade, a sua própria ausência...
O frio ficou mais quente, O silêncio mais acolhedor, E, por fim, ela ficou mais só...
... mas já nada importava como dantes...
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